Tuesday, November 30, 2010

Eu não vou para a Pasárgada

Eu queria ir pra Pasárgada

Lá sou amigo do rei

Mas para o lugar que fui, muito mais me emocionei

Nos meus sonhos tenho a mulher que quero

Não preciso escolher a cama

Na quimera e devaneio

Posso ficar onde quiser, com a chama da lembrança

De uma criança qualquer

Hoje eu sou feliz, lá fui muito mais

A existência hoje é a rotina, lá foi emoção

Dos colegas que eu tive, da moças ainda belas

Que um dia eu sonhei, agora reencontrei

Efêmera não é amizade

Tudo foi a mas pura felicidade

Os cabelos brancos são complemento

Mas também não preciso mais

Não andarei de bicicleta, nem montarei em burro brabo

Lembrarei do pau de sebo, mas eu quero mesmo

É me lembrar daquele tempo

O combustível da alma e na energia positiva

Não preciso da mãe d’água, nem do telefone automático

A cerveja bem gelada com os sonhos das nossas moças peladas

Completam o paraíso, com os desejos de cada um

As palavras vão saindo, o riso é complemento

A alma de nós todos recebe o mais puro alimento

A amizade verdadeira, não tem nada igual

Sem interesse nenhum, a alegria é total.

Quando estiver triste, Triste de não ter jeito

Quando um dia me der, Vontade de chorar

Vou voltar no tempo

E daquela época lembrar

Vou pensar na volta ao tempo, Que nunca deixou de existir

Agora está mais forte, com um arrepio e saudade

A emoção não tem preço,Não preciso ser amigo do rei

não preciso ter a mulher que quero e nem a cama que escolherei

quero ter a lembrança , do dia que se passou

uma volta ao passado, da emoção e da energia

que marcará minha vida

assim como marcou, e só vi muito depois

mas ainda bem que tudo existiu,

não são só os sonhos, a realidade fundiu

o passado no presente

a Passárgada somos nós

assim como quis Manoel Bandeira

agora é ir em frente, aproveitando a energia

esperando mais um vez, para rir a vontade

Guardando no coração, toda esta saudade!