Monday, December 29, 2008

A saudade na definição mais clara que já vi!

Hoje li na net um depoimento de um oncologista sobre uma definição de saudade feita por uma criança doente terminal de cancer. A pureza da criança e a definição não poderiam estar ausentes deste blog, até pelo momento que vivo. Seguinte:

Saudade é o amor que ficou!

Portanto existem saudades diferentes? Não creio!
Só existe saudade onde existe o amor, ou existiu! O caso da menina é saudade com muita dor! É a dor da partida!

A saudade doi, mas é consolo saber que ela só existe onde há amor!

O tempo e a distância são capazes de curar todas as feridas, mas não da saudade, por causa do amor! A saudade da partida, da morte é diferente da mudada de direção! Da opção!

As palavras podem definir saudade e amor, mas só as intenções mostram os verdadeiros significados da saudade e do amor! Uma lágrima, um aperto no peito, um suspiro. É pessoal e de dificil definição, cada um vai sentir do seu jeito, mas o amor estará presente!
O poeta coloca nas palavras os sentimentos! Ele consegue dizer o que é saudade e amor!
Quando se machuca (o poeta) ele vai no fundo de sua alma, dá a volta por cima e parte em outra direção. Claro que ele sofre, a dor não tem definição, é pessoal de cada um!
Quando é por opção, com as lágrimas nos olhos e o aperto no coração, segue firme na sua decisão! Quando a saudade é diferente entre as pessoas envolvidas é a hora da virada!
O amor será eterno nas lembranças ,mas o sofrimento cessa e a saudade vai embora, junto com o amor que a criou! Assim é a vida! Nada acaba, mas tudo muda!

Sunday, December 28, 2008

A diferença que o poeta faz!

Tenho que assumir que sou poeta, caso contrário não faria sentido este Blog, minhas poesias, meus devaneios. Sempre escrevi, algumas coisas guardei, outras não, algumas publiquei, outras não poderia, para não magoar, não deixar alguém sofrer, alguém que sempre gostei, que amei, nas quais me inspirei!
O poeta vive do amor! Ele não morre de amor, ele vive com a dor, mas a dor do amor!

Ele pode amar um segundo, um minuto, uma hora, um dia, uma vida! Ele sabe amar, dizer que ama, sentir que ama!
Ele pode falar do amor! Ele vive da emoção, do sentimento que movimenta seu coração!
Ele sofre com a saudade, com o desejo, mas não existiria sem eles!

O poeta depende do amor, de sua emoção e da sua paixão!
O bom do poeta é seu compromisso com o sentimento, com a emoção! Ele não viveria sem! Não existiria o poeta e talvez o amor como cantado no versos simples, mas feitos de coração!
O choro do poeta é alimento na sua vida! Ele não quer chorar, mas não vive sem amar e chorar!
O poeta é capaz de amar como ninguém, sabe chorar por amor, de alegria ou de dor!
A dor inspira poetas, eles sofrem por outros e guardam a dor do mundo!
São todos sonhadores, querem o melhor sempre! O mundo ideal que infelizmente é diferente do real! Eles não medem esforços quando a verve dá a força para ir em frente!
O poeta retrata o mundo, em segundos, em horas ou em uma vida!

Ele chora e ele ri! É sua essência! Sabe trasnformar as lágrimas da saudade e da tristeza em gotas de esperança!
Me sinto assim! A tristeza é parte da sua verve! A legria também, ele não tem escolha!
Choro e rio, amo por quanto for necessário! Guardo as lembranças, elas são a minha massagem na alma!
Só posso agradecer...o poeta que me faz escrever! Assumo sem rancor, com amor no coração minha condição!
Se todos fossem assim (poetas) o mundo seria melhor! As cores seriam mais vivas! O amor existiria de fato! Repito meus versos e sempre repetirei:


Por amor fiz o que quis
Por amor faço o que quiser
Não sinto a menor culpa
Repito quantas vezes tiver

Friday, December 26, 2008

Uma reflexão de Natal!

Relendo meu blog de poesias (já disse que o prazer de escrever é igual ou melhor do que ler, e me faz bem, muito bem...ambos, ler e escrever!) vi coisas antigas e refleti, o quanto a vida foi generosa comigo (Ainda é na verdade!). As emoções, paixões e amores que vivi, meu tombos e minhas levantadas, minhas vitórias e minhas derrotas (que me ajudaram muito). Uma coisa é certa, o amor é combustível da vida!
Muitas pessoas sofrem com ele, mas jamais viveriam sem ele!
Quem nunca sofreu por amor, não viveu! (Não sei quem disse, ou escreveu, isso, mas é pura verdade!)

Este poema foi escrito em 2007, clique e leia , resolvi repetir aqui em 2008, no Natal, época que a sensibilidade fica a flor de nossa pele!

Uma coisa é certa, não é fácil escrever, mas quando temos inspiração é mais tranquilo! Eu me realizo aqui no blog, seja no poema, seja na economia ou na política!

Agora, tomando um vinhaço, ouvindo Marillion, Pink Floyd e algumas " eletrônicas" Deep House e Lounge, e ainda, de leve, um jazz clássico! Só posso dar graças a Deus e agradecer tudo de bom.
Vai ai o poema!

Será?

Não há nada melhor
Namorar ao luar
Pode ser na montanha
Ou na beira mar


O barulho das ondas
A areia molhada
O balanço das águas
na praia ensolarada


O sentimento é real
o físico é parte
no mundo dos sonhos
o prazer é total


O sexo faz parte
mas não é como o todo
um beijo molhado
é melhor que o pecado....


Pecado porque?Na vida é assim
vamos levando
enfrentado e lutando
O poema é fugaz
o prazer é total
quando menos se espera
o foco é audaz

O fato é efêmero
o prazer é total
na lembrança ficamos
mas sempre pensando

Friday, December 19, 2008

Época de sensibilidade! Dois poemas de amor!

Esta época vai chegando, a sensibilidade aumentando! O momento que vivemos, acaba colaborando! Dois momentos inspirados.

1-) Nâo gosto de música sertaneja. Só depois de muita, mas muita cerveja! Brincadeira no meu verso, encontrei nesta dupla uma verdadeira poesia, e mesmo não gostando do estilo, não posso deixar de disserta-la.

A dupla chama-se Mateus e Cristiano e alguém me repassou, o que faço aqui novamente.

Se for pra falar de amor eu sou mesmo assim
Descomplicado, um completo exagerado
Do início até o fim
Se é pra falar de amor, não tenho preconceito
Apaixonado, sem limite, alucinado
Eu sou desse jeito
Tudo isso faço pra te ver sorrir
Na hora do prazer só você me faz feliz
Em nome do amor, eu faço o que você quiser
Se é pra falar de amor, se é pra morrer de amor
Eu rasgo o meu peito, eu faço do seu jeito
Só pra te ver pedindo bis
Se é pra falar de amor, se é pra morrer de amor
Eu saio do limite, amor, acredite, só pra te fazer feliz
Em nome do amor, eu faço o que você quiser

2-) Esta é minha, estava no prelo havia algum tempo, agora explodiu. Vi que meus versos usavam muitas rimas da música e coloquei as duas juntas, no fundo as palavras quando estamos inspirados soam da mesma forma.

A celeridade da paixão!

Os sonhos são a minha luz
Posso ser mesmo alucinado
Na verdade eu vivo apaixonado
O difícil sempre me seduz

A dor que sinto é exagerada
Falo de amor sempre fascinado
Com a mesma emoção da entrada
Sei quando é a parada
Na saída todo mundo vê, como sou descomplicado

O meu sofrimento é só meu
Ninguém ao menos percebe
Levanto e dou a volta por cima
O tempo me ajuda a matar
A dor que não queria sentir


Gostaria que não tivesse o fim
A decepção transbordou
Menos em você mais em mim
Agora chegou ao final

O nosso amor virtual
Será eterno e sem igual
Pena que não conseguimos
Chegar até um final

As lembranças são lindas
Por amor fiz loucuras
Músicas que criei e ouvi
Choro na minha poesia
Minhas lágrimas são da ternura

Sei que seria impossível
Mas para o amor não existem barreiras
Não posso deixar que o tempo
Desgaste o momento gostoso
Eterno enquanto durou

Por amor fiz o que quis
Por amor faço o que quiser
Não sinto a menor culpa
Repito quantas vezes tiver

Thursday, December 18, 2008

Não posso dizer mais nada!


A chuva não dá trégua
Neblina encobre a vista diária
A janela chora as gotas da chuva
O meu coração aperta
A tristeza toma conta

Amanhã é dia importante
Não sei no que eu posso pensar
por um lado o desejo e a espera
por outro a ansiedade e a quimera

Engraçado é sentir tudo isso
no momento confuso da vontade
As lágrimas não ficam claras
A tristeza embola e enfraquece
Se rolam por mim ou por elas

Queria acordar agora
como se fosse amanhã
terei muitas respostas
alegria e tristeza
podem estar sobrepostas

A emoção me consome
com dor e prazer
com medo e esperança
com alegria e tristeza
Esta é minha única certeza

Não é confusão
A ansiedade toma conta de mim
a fraqueza de nada fazer
ou poder lutar para valer

A turbação me detona
o amor e a dor
o receio da notícia ruim
o medo de juntar tudo assim

Só me resta esperar amanhã
na esperança de saber que eu posso
de lutar como sempre lutei

um desfecho pode começar amanhã
o outro terá que esperar
a razão se confunde comigo
a emoção me sente viver.

Na última palavra
espero rir de alegria
e chorar de emoção
de conseguir as duas vitórias
dobrar e enterrar a minha aflição

Saturday, December 06, 2008

O poeta sabe chorar! Sabe também amar!

O poeta sabe amar, sabe sofrer e perdoar!
O poeta sabe chorar, sabe brigar e reclamar!
As lágrimas dele são sua inspiração!
Ele sabe chorar!
Ele sabe sair e entrar!
Sabe acelerar e diminuir!
Quantas lágrimas e tristeza são sua inspiração! Sempre!
A motivação e o coração, a emoção!
A razão na hora certa. Muitas vezes com a tristeza.
Ela é assim, o poeta é assim! Sem uma, não existe a outra!
Amor, emoção vez ou outra, chateação!
Ele sabe amar, sabe esquecer.
Sabe relativizar, sabe eternizar!
Sabe acelerar e sabe diminuir!
Na maioria das vezes o poeta chora.
É sua essência!
Do jeito que vai ele volta!
Este é o poeta!
Sofrendo, amando e vivendo!
A vida é assim.
Sem os poetas não haveria transcrição!
No fundo, mandário, sempre será a emoção!
Com a tristeza, com a satisfação, muitas vezes pelo choro!
sabe de quem? Da motivação!

Saturday, November 29, 2008

Saudade!



A saudade gostosa!

A saudade não dói
A saudade mata.
Quando a eternidade será o encontro!
A saudade machuca em qualquer caso
A dor é de cada um.
Pode ser boa, a essência de tudo
Do amor e da dor!

Ela mata quando existe a morte
E arrebenta quando não sabemos quando encontrar
Se encontrar....se vale a pena encontrar!


È melhor sentir
Independe do final
Saudade te mantém vivo
Aceso e travesso
Pedindo e sentindo
O desejo do beijo, do amor

Não importa o desfecho
Quando? Como?
Não importa , o sentimento é a força

A satisfação é menor que a vontade!
O desejo provoca a saudade
A saudade alimenta o prazer
A realização é pequena!
A vontade manda!

A dor é maior e melhor!

Da saudade e da vontade!

A dor é gostosa
Quando realizado
Esperamos a próxima!

Não interessa se verá ou não
Só a morte mata o prazer na saudade
De querer e não poder
Mas o amor se manifesta!
A saudade do coração é simples
Dá forças e amor!

Amor?
Pode ser a realização prática
Dos livros ao coração!
De algo que ninguém conhece,
Ou pode explicar!

Só palavras mostram o calor do amor
O Sofrimento faz o papel de externar
Sem ele não existiria o amor.
A saudade!
Os poetas estariam mortos!
E tantos e tantas sofreriam!
Nós!

A vontade e o desejo são mais importantes
Eles sustentam o que for
A dor e a vontade, a satisfação e o prazer
O beijo e o desejo, o melhor!

As palavras não dizem, o coração palpita
A vontade é maior e a saudade também
Ela que me inspira... Sem ela não poderia
Dizer aqui, que estou doido, machucado
Mas realizado, feliz e animado

Ainda bem que estou me contorcendo
Na saudade e na vontade
Não importa o final!
O beijo é eterno e o momento também
Fica aqui registrado
Um cara sofrido e amado... Doido e sarado
Com vontade e desejo
Aqui está o segredo!
Sempre feliz e descobrindo o amor!
A razão da vida, ou melhor,
O sentido da vida!
Tudo é passageiro,]
menos os momentos felizes e inesquecíveis!
A saudade te proporciona isso!
Mas não em todos o casos!
Infelizmente!

Saturday, November 22, 2008

O suor e o prazer da luta! Para nós!

The Lone trail

Robert W. Service - (clique e veja) - A estrada não percorrida!

As trilhas do mundo são muitas, quase todas percorridas;
Seguimos atrás dos outros, até que a estrada se divide:
E uma trilha segue ao sol, segura; a outra é arida e sem luz!
Porém, olhamos a trilha deserta, é ela que nos seduz!

Não preciso dizer mais nada!
4 us, 4 Evever! 4 Everyboby!

Wednesday, August 27, 2008

Repeteco, uma situação demanda!

Prazer e amor
Não é fácil falar de amor
É mais fácil sentir sua dor
De saber que ela faz parte
Da vida, da sorte e da arte
Sem ela não tenho mais nada
Com ela só tenho o receio
De perder ou achar no recreio
O que não deveria faltar
Um sonho e uma aventura
Que mais dia ou nãoVai me arrasar
Eu sei que consigo ficar
Nos braços, na cama ou sofá
O calor e o beijo molhado
O tesão e o gozo apurado
Sem igual na vida ou no sonho
Mas real do ninho de amor
Amor e calor se misturam
Prazer e deleite também
O suor que escorre gostoso
Mistura-se ao banho depois
E mais uma porção de amor
Fecha o palco de ação e prazer
As palavras não podem dizer
O que o gozo e o amor podem ter
O tesão e o abraço melado
A entrada molhada e gostosa
A saída que tem que voltar
O mais rápido que possamos pensar
O suspiro e o afago gostosoO
beijo molhado e suado
E o gozo com muito prazer

Tuesday, July 29, 2008

Ser Mineiro (Homenagem a todos nós mineiros)

Ser mineiro é dormir no chão para não cair da cama; sorrir sem mostrar os dentes; tomar café ralo e esconder dinheiro grosso. É desconfiar até dos próprios pensamentos, é não dar adeus para evitar abrir a mão.Mineiro pede emprestado para disfarçar a fartura.
Se é rico, compra carro do ano e manda por meia-sola em sapato usado. Mineiro vive pobre para morrer rico.Mineiro não é contra nem a favor, muito pelo contrário. Mineiro fala de desgraça, doença e morte, e vive como quem se julga eterno. Chega à estação antes de colocarem os trilhos, para não perder o trem. Relógio de mineiro é enfeite. Pontual para chegar, o mineiro nunca tem hora para sair. A diferença entre o suíço e o mineiro é que o primeiro chega na hora, o mineiro chega antes.
O bom mineiro não laça boi com embira, não dá rasteira em pé de vento, não pisa no escuro, não anda no molhado, não estica conversa com estranhos. Só acredita em fumaça quando vê fogo, só arrisca quando tem certeza e não troca um pássaro na mão por dois voando.Mineiro fala de política como se só ele entendesse do assunto; finge que acredita nas autoridades e conspira contra o governo; faz oposição sem granjear inimigos; gera filhos para virar compadre de político; vive entre montanhas e sonha com o mar; viaja o mundo para comer, do outro lado do planeta, um tutu de feijão com couve picada.Ser mineiro é venerar o passado como relíquia e falar do futuro como utopia; curtir saudades na aguardente e paixão em serenatas; dormir com um olho fechado e outro aberto; acender vela à santa e, por via das duvidas, não conjurar o diabo.Ser mineiro é fazer a pergunta já sabendo a resposta, é ter orgulho de ser humilde e bancar a raposa insistindo, ainda, em tomar conta do galinheiro.
Mineiro fica em cima do muro, não por imparcialidade, mas para poder ver melhor os dois lados. Cabeça dura, o mineiro tem o coração mole.Acredita mais no fascínio da simpatia que no poder das idéias.Mineiro é isso, sô!Come as sílabas para não morrer pela boca. Fala manso para quebrar as resistências do interlocutor. Sonega letras para economizar palavras. De vossa mercê passa prá vossemecê, vossência, vosmecê, você, ocê, cê e não demora muito, usará só o acento circunflexo. Mineiro fala um dialeto que só outro mineiro entende, como aquele sujeito que, à beira do fogão de lenha, ensinava o outro a fazer café. Fervida a água, o aprendiz indagou:"Pó Pô pó?" E o outro respondeu: "Pó, pô".
Ser mineiro é saber criar bois, filhos e versos. E ir ao teatro, não para ver, mas para ser visto. E freqüentar igreja para fingir piedade; rir antes de contar a piada e chorar com a desgraça alheia. Mineiro adora sala de visitas encerada e trancada, na esperança de retorno do rei.Avarento, não lê o jornal de uma só vez para não gastar as letras, e ainda guarda para o dia seguinte para poder ter noticias. Mineiro não lê, passa os olhos. Não fala ao telefone, dá recado.Praia de mineiro é barzinho, restaurante, balcão de armazém e cerca de curral. Ali a língua rola solta na conversa mole, como se o tempo fosse eterno. Certo mesmo é que o momento é terno.Ser mineiro é ajoelhar na igreja para ver melhor as pernas da viúva; freqüentar batizados para pedir votos e ir a casamentos para exibir roupa nova. Mineiro vai a enterro para conferir quem continua vivo.Nunca sabe o que dizer aos parentes do falecido, mas fica horas na fila de condolências para marcar presença. Leva lenço no bolso para o caso de ter de enxugar as lágrimas da família. Não manda flores porque desconfia que a floricultura não cumpre o trato e embolsa a grana.Ser mineiro é esbanjar tolerância para mendigar afeto. É proferir definições sem se definir. É contar casos sem falar de si próprio .Mineiro é feito pedra preciosa; visto sem atenção não revela o valor que tem.Mineiro é capaz de falar horas seguidas sem dizer nada. Esconde o jogo para ganhar a partida. Cumprimenta com mão mole para escapar do aperto e acredita que a fruta do vizinho é sempre mais gostosa.
Mineiro age com a esperteza das serpentes, mas se veste com a simplicidade das pombas, e encobre suas contradições com o manto fictício da cordialidade.Mineiro é como angu, só fica no ponto quando se mexe com ele.Desconfiado, retira o dinheiro do banco, conta e torna a depositar.Mineiro não olha: espia. Não presta atenção: vigia. Não conversa: confabula. Não combina: conspira (Fernando Sabino). Viver em Minas é uma opção. Ser mineiro, não! (Lúcio Liradella).Ser mineiro é fazer cara feia e rir com o coração; andar com guarda-chuva para disfarçar a bengala; fumar cigarro de palha para espantar mosquitos; mascar fumo para amaciar a dentadura.Mineiro sabe quantas pernas tem a cobra; escova os dentes do alho; teme rasteira de pé de mesa; toma café ralo para enxergar o fundo da caneca e, por via das dúvidas, põe água e alpiste para o cuco.Ser mineiro é fingir que não sabe o que bem se conhece. Mineiro que não reza não se preza. Religioso, na crendice mineira há lugar para todos: o cujo e a mula-sem-cabeça; assombrações e fantasmas; duendes e extraterrestres.
Pacifico, o mineiro dá um boi para não entrar na briga e a boiada para continuar de fora. Mas se pisam no calo do mineiro, ele conjura te esconjura, jurado e juramentado no sangue de Tiradentes."Minas Gerais é muitas", como disse Guimarães Rosa. É fogão de lenha e comida preparada na panela de pedra-sabão; é turmalina e esmeralda; é tropa de burros e rios indolentes chorando a caminho do mar; é sino de igreja e tropeiros mourejando gado sob a tarde incendiada pelo hálito da noite.Minas é Mantiqueira e cerrado, é Aleijadinho e Amilcar de Castro, é Drumond e Milton Nascimento, é pão de queijo e broa de fubá. Minas é uma mulher de ancas firmes e seios fartos, sensual nas curvas, dócil no trato, barroca no estilo e envolta em brocados, ostentando camafeus.Minas é saborosamente mágica.
Mineiro sai de Minas, mas Minas não sai da gente. Fica uma dor forte, funda, farta e fértil, tão imponderável como o amor místico, em que o coração lateja embevecido por inefável paixão.Ave, Minas! Batizada Gerais, és uma terra muito singular.
Todo mineiro tem um trem de ferro apitando nas veias, uma montanha brilhando nos olhos e uma banda tocando nos ouvidos. (Jorge Fernando dos Santos).
Extraído de artigo publicado no jornal "O Estado de São Paulo".

Monday, February 18, 2008

Alexandre o Grande filosofando

OS 3 ÚLTIMOS DESEJOS DE ALEXANDRE, O GRANDE -

Quando à beira da morte, Alexandre convocou os seus generais e relatou seus 3 últimos desejos:

1 - que seu caixão fosse transportado pelas mãos dos médicos da época;
2 - que fosse espalhado no caminho até seu túmulo os seus tesouros conquistados (prata, ouro, pedras preciosas... ); e
3 - que suas duas mãos fossem deixadas balançando no ar, fora do caixão, à vista de todos.

Um dos seus generais, admirado com esses desejos insólitos, perguntou a Alexandre quais as razões.
Alexandre explicou:

1 - Quero que os mais iminentes médicos carreguem meu caixão para mostrar que eles NÃO têm poder de cura perante a morte;
2 - Quero que o chão seja coberto pelos meus tesouros para que as pessoas possam ver que os bens materiais aqui conquistados, aqui permanecem;
3 - Quero que minhas mãos balancem ao vento para que as pessoas possam ver que de mãos vazias viemos e de mãos vazias partimos.