Sunday, May 29, 2011

Expressões curiosas da lingua portuguesa


Expressões curiosas da lingua portuguesa

JURAR DE PÉS JUNTOS:
Mãe, eu juro de pés juntos que não fui eu.A expressão surgiu através das torturas executadas pela Santa Inquisição, nas quais o acusado de heresias tinha as mãos e os pés amarrados (juntos) e era torturado pra dizer nada além da verdade. Até hoje o termo é usado pra expressar a veracidade de algo que uma pessoa diz.

MOTORISTA BARBEIRO:
Nossa, que cara mais barbeiro! No século XIX, os barbeiros faziam não somente os serviços de corte de cabelo e barba, mas também, tiravam dentes, cortavam calos, etc, e por não serem profissionais, seus serviços mal feitos geravam marcas. A partir daí, desde o século XV, todo serviço mal feito era atribuído ao barbeiro, pela expressão "coisa de barbeiro". Esse termo veio de Portugal, contudo a associação de "motorista barbeiro", ou seja, um mau motorista, é tipicamente brasileira..

TIRAR O CAVALO DA CHUVA:
Pode ir tirando seu cavalinho da chuva porque não vou deixar você sair hoje! No século XIX, quando uma visita iria ser breve, ela deixava o cavalo ao relento em frente à casa do anfitrião e se fosse demorar, colocava o cavalo nos fundos da casa, em um lugar protegido da chuva e do sol. Contudo, o convidado só poderia pôr o animal protegido da chuva se o anfitrião percebesse que a visita estava boa e dissesse: "pode tirar o cavalo da chuva". Depois disso, a expressão passou a significar a desistência de alguma coisa.

À BEÇA:
O mesmo que abundantemente, com fartura, de maneira copiosa. A origem do dito é atribuída às qualidades de argumentador do jurista alagoano Gumercindo Bessa, advogado dos acreanos que não queriam que o Território do Acre fosse incorporado ao Estado do Amazonas.

DAR COM OS BURROS N'ÁGUA:
A expressão surgiu no período do Brasil colonial, onde tropeiros que escoavam a produção de ouro, cacau e café, precisavam ir da região Sul à Sudeste sobre burros e mulas. O fato era que muitas vezes esses burros, devido à falta de estradas adequadas, passavam por caminhos muito difíceis e regiões alagadas, onde os burros morriam afogados. Daí em diante o termo passou a ser usado pra se referir a alguém que faz um grande esforço pra conseguir algum feito e não consegue ter sucesso naquilo.

GUARDAR A SETE CHAVES:
No século XIII, os reis de Portugal adotavam um sistema de arquivamento de jóias e documentos importantes da corte através de um baú que possuía quatro fechaduras, sendo que cada chave era distribuída a um alto funcionário do reino.Portanto eram apenas quatro chaves. O número sete passou a ser utilizado devido ao valor místico atribuído a ele, desde a época das religiões primitivas. A partir daí começou-se a utilizar o termo "guardar a sete chaves" pra designar algo muito bem guardado..

OK:
A expressão inglesa "OK" (okay), que é mundialmente conhecida pra significar algo que está tudo bem, teve sua origem na Guerra da Secessão, no EUA. Durante a guerra, quando os soldados voltavam para as bases sem nenhuma morte entre a tropa, escreviam numa placa "0 killed" (nenhum morto), expressando sua grande satisfação, daí surgiu o termo "OK".

ONDE JUDAS PERDEU AS BOTAS:
Existe uma história não comprovada, de que após trair Jesus, Judas enforcou-se em uma árvore sem nada nos pés, já que havia posto o dinheiro que ganhou por entregar Jesus dentro de suas botas. Quando os soldados viram que Judas estava sem as botas, saíram em busca delas e do dinheiro da traição. Nunca ninguém ficou sabendo se acharam as botas de Judas. A partir daí surgiu à expressão, usada pra designar um lugar distante, desconhecido e inacessível.

PENSANDO NA MORTE DA BEZERRA:
A história mais aceitável para explicar a origem do termo é proveniente das tradições hebraicas, onde os bezerros eram sacrificados para Deus como forma de redenção de pecados. Um filho do rei Absalão tinha grande apego a uma bezerra que foi sacrificada. Assim, após o animal morrer, ele ficou se lamentando e pensando na morte da bezerra. Após alguns meses o garoto morreu.

PARA INGLÊS VER:
A expressão surgiu por volta de 1830, quando a Inglaterra exigiu que o Brasil aprovasse leis que impedissem o tráfico de escravos. No entanto, todos sabiam que essas leis não seriam cumpridas, assim, essas leis eram criadas apenas "pra inglês ver". Daí surgiu o termo.

RASGAR SEDA:
A expressão que é utilizada quando alguém elogia grandemente outra pessoa, surgiu através da peça de teatro do teatrólogo Luís Carlos Martins Pena. Na peça, um vendedor de tecidos usa o pretexto de sua profissão pra cortejar uma moça e começa a elogiar exageradamente sua beleza, até que a moça percebe a intenção do rapaz e diz: "Não rasgue a seda, que se esfiapa".

O PIOR CEGO É O QUE NÃO QUER VER:
Em 1647, em Nimes, na França, na universidade local, o doutor Vicent de Paul D`Argent fez o primeiro transplante de córnea em um aldeão de nome Angel. Foi um sucesso da medicina da época, menos pra Angel, que assim que passou a enxergar ficou horrorizado com o mundo que via. Disse que o mundo que ele imaginava era muito melhor. Pediu ao cirurgião que arrancasse seus olhos. O caso foi acabar no tribunal de Paris e no Vaticano. Angel ganhou a causa e entrou pra história como o cego que não quis ver.

ANDA À TOA:
Toa é a corda com que uma embarcação reboca a outra. Um navio que está à toa é o que não tem leme nem rumo, indo pra onde o navio que o reboca determinar.

QUEM NÃO TEM CÃO, CAÇA COM GATO:
Na verdade, a expressão, com o passar dos anos, se adulterou. Inicialmente se dizia quem não tem cão caça como gato, ou seja, se esgueirando, astutamente, traiçoeiramente, como fazem os gatos.

DA PÁ VIRADA:
A origem do ditado é em relação ao instrumento, a pá. Quando a pá está virada pra baixo, voltada pro solo, está inútil, abandonada decorrentemente pelo Homem vagabundo, irresponsável, parasita.

NHENHENHÉM:
Nheë, em tupi, quer dizer falar. Quando os portugueses chegaram ao Brasil, os indìgenas não entendiam aquela falação estranha e diziam que os portugueses ficavam a dizer "nhen-nhen-nhen".

VAI TOMAR BANHO:
Em "Casa Grande & Senzala", Gilberto Freyre analisa os hábitos de higiene dos índios versus os do colonizador português. Depois das Cruzadas, como corolário dos contatos comerciais, o europeu se contagiou de sífilis e de outras doenças transmissíveis e desenvolveu medo ao banho e horror à nudez, o que muito agradou à Igreja. Ora, o índio não conhecia a sífilis e se lavava da cabeça aos pés nos banhos de rio, além de usar folhas de árvore pra limpar os bebês e lavar no rio as redes nas quais dormiam. Ora, o cheiro exalado pelo corpo dos portugueses, abafado em roupas que não eram trocadas com freqüência e raramente lavadas, aliado à falta de banho, causava repugnância aos índios. Então os índios, quando estavam fartos de receber ordens dos portugueses, mandavam que fossem "tomar banho".

ELES QUE SÃO BRANCOS QUE SE ENTENDAM:
Esta foi das primeiras punições impostas aos racistas, ainda no século XVIII. Um mulato, capitão de regimento, teve uma discussão com um de seus comandados e queixou-se a seu superior, um oficial português.. O capitão reivindicava a punição do soldado que o desrespeitara. Como resposta, ouviu do português a seguinte frase: "Vocês que são pardos, que se entendam". O oficial ficou indignado e recorreu à instância superior, na pessoa de dom Luís de Vasconcelos (1742-1807), 12° vice-rei do Brasil. Ao tomar conhecimento dos fatos, dom Luís mandou prender o oficial português que estranhou a atitude do vice-rei. Mas, dom Luís se explicou: Nós somos brancos, cá nos entendemos.

A DAR COM O PAU:
O substantivo "pau" figura em várias expressões brasileiras. Esta expressão teve origem nos navios negreiros. Os negros capturados preferiam morrer durante a travessia e, pra isso, deixavam de comer. Então, criou-se o "pau de comer" que era atravessado na boca dos escravos e os marinheiros jogavam sopa e angu pro estômago dos infelizes, a dar com o pau. O povo incorporou a expressão.

ÁGUA MOLE EM PEDRA DURA, TANTO BATE ATÉ QUE FURA:
Um de seus primeiros registros literário foi feito pelo escritor latino Ovídio ( 43 a .C.-18 d.C), autor de célebres livros como "A arte de amar "e "Metamorfoses", que foi exilado sem que soubesse o motivo. Escreveu o poeta: "A água mole cava a pedra dura". É tradição das culturas dos países em que a escrita não é muito difundida formar rimas nesse tipo de frase pra que sua memorização seja facilitada. Foi o que fizeram com o provérbio, portugueses e brasileiros.

Tuesday, November 30, 2010

Eu não vou para a Pasárgada

Eu queria ir pra Pasárgada

Lá sou amigo do rei

Mas para o lugar que fui, muito mais me emocionei

Nos meus sonhos tenho a mulher que quero

Não preciso escolher a cama

Na quimera e devaneio

Posso ficar onde quiser, com a chama da lembrança

De uma criança qualquer

Hoje eu sou feliz, lá fui muito mais

A existência hoje é a rotina, lá foi emoção

Dos colegas que eu tive, da moças ainda belas

Que um dia eu sonhei, agora reencontrei

Efêmera não é amizade

Tudo foi a mas pura felicidade

Os cabelos brancos são complemento

Mas também não preciso mais

Não andarei de bicicleta, nem montarei em burro brabo

Lembrarei do pau de sebo, mas eu quero mesmo

É me lembrar daquele tempo

O combustível da alma e na energia positiva

Não preciso da mãe d’água, nem do telefone automático

A cerveja bem gelada com os sonhos das nossas moças peladas

Completam o paraíso, com os desejos de cada um

As palavras vão saindo, o riso é complemento

A alma de nós todos recebe o mais puro alimento

A amizade verdadeira, não tem nada igual

Sem interesse nenhum, a alegria é total.

Quando estiver triste, Triste de não ter jeito

Quando um dia me der, Vontade de chorar

Vou voltar no tempo

E daquela época lembrar

Vou pensar na volta ao tempo, Que nunca deixou de existir

Agora está mais forte, com um arrepio e saudade

A emoção não tem preço,Não preciso ser amigo do rei

não preciso ter a mulher que quero e nem a cama que escolherei

quero ter a lembrança , do dia que se passou

uma volta ao passado, da emoção e da energia

que marcará minha vida

assim como marcou, e só vi muito depois

mas ainda bem que tudo existiu,

não são só os sonhos, a realidade fundiu

o passado no presente

a Passárgada somos nós

assim como quis Manoel Bandeira

agora é ir em frente, aproveitando a energia

esperando mais um vez, para rir a vontade

Guardando no coração, toda esta saudade!

Saturday, November 20, 2010

Agora o peito aperta

Não são lágrimas que caem
meu sentimento é que fala
a tristeza não tem nome, ela machuca
saudade? lembrança? problema?
não importa, uma hora te desmonta

chorar ou rir, social ou não
lembrar e recuperar, sei lá
pode não ser tristeza, é emoção
falta muito, e não falta nada
a dor é minha

não tenho palavras, o teclado molha
a dor é grande, não sei porque
agora seca, mas o coração não cala
o sentido está confuso
o amor fica subjugado
a emoção pode confundir
a tristeza e a alegria
mas a dor é permanente


sentir dor é coisa de poeta
alegria ele transforma em dor e amor
Amor e dor ele transforma em vida
A lágrima é a prova
a outra é a reação

ainda bem , meu deus,
que existe a reação
o teclado e a razão
que me fizeram voltar
ao mundo da emoção

agora sem as lágrimas
que só machucam o tempo
o coração é calejado
agora preparado, a vida vai seguindo
as lágrimas vão caindo
sumindo.......








Wednesday, November 10, 2010

Uma palhinha de Fernando Pessoa

1-) O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

2-)Tenho em mim todos os sonhos do mundo

3-)Tudo vale a pena quando a alma não é pequena

4-)Haja ou não deuses, deles somos servos.

5-)A arte é a auto-expressão lutando para ser absoluta.

6-)Toda a poesia - e a canção é uma poesia ajudada - reflecte o que a alma não tem. Por isso a canção dos povos tristes é alegre e a canção dos povos alegres é triste.

7-)A maioria pensa com a sensibilidade, eu sinto com o pensamento. Para o homem vulgar, sentir é viver e pensar é saber viver. Para mim, pensar é viver e sentir não é mais que o alimento de pensar.

8-)Quero para mim o espírito desta frase, transformada a forma para a casar com o que eu sou: Viver não é necessário; o que é necessário é criar.


Friday, November 05, 2010

Poema de 2?

Era noite, era dia,
o tempo não se definia ...
Chovia? Não me lembro.
Seu olhar curioso,
Abraçava minha magia
Meu passado, seu presente,
O tempo não se definia...
E lembrar-se de momentos,
Era o que mais queria.
O carinho de seus gestos
Atiçava minha fantasia
E o tempo não se definia..

O tempo leva, não apaga
o presente é passado
A emoção é presente
O passado é a ponte
O coração é a senha
O palpitar é o caminho
O beijo molhado
O suor aumentando
O gozo chegando
Com muito prazer
Recíproco...
O passado é presente
O momento é real
Não existem mais sonhos
Existem outras coisas
O mistério substitui e expectativa.
Ela será a próxima inspiração!

Sunday, October 10, 2010

A luta de cada dia

Abençoemos a Luta
O facão da poda aumenta a produção das árvores,
O bisturi determina a extinção da enfermidade,
A ostra importunada reage, fabricando a pérola,
Aos estorcegões da dificuldade, encontra o espírito valiosa transformação,
O trabalho é grão no celeiro,
O repouso é ferrugem na enxada,
A pedra recolhida serve à construção,
O espinho desinfetado cuida tumores,
O suor é pão que alimenta,
A ociosidade é estagnação que corrompe,
A inércia é paz dos cadáveres,
A ferida em forma de combate chama-se mérito,
A exigência é débito amanhã,
A humildade é crédito de hoje,
Privilégio é responsabilidade,
Dever comum é acesso à própria emancipação,
Lágrima é limpeza interior,
Fel é medicamento que remedeia,
Todo progresso é expansão,
Toda expansão é crescimento,
Todo crescimento é esforço,
Todo esforço é sacrifício,
Todo sacrifício é dor,
Toda dor é renovação.
Meus amigos, os olhos foram situados, pela sabedoria divina, na elevada dianteira do corpo. Saibamos contemplar o horizonte à frente. Olvidemos as sombras de ontem. Somos diariamente procurados pelas criaturas, situações e coisas que procuramos.
Busquemos, deste modo, a "lição divina", a fim de que sejamos beneficiados pela "divina lição". Que o senhor nos abençoe.
"Emmanuel"

Saturday, March 13, 2010

A vírgula- Muito bacana

Sobre a Vírgula

Vírgula pode ser uma pausa... ou não.
Não, espere.
Não espere..

Ela pode sumir com seu dinheiro.
23,4.
2,34.

Pode criar heróis..
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.

Ela pode ser a solução.
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.

A vírgula muda uma opinião.
Não queremos saber.
Não, queremos saber.

A vírgula pode condenar ou salvar.
Não tenha clemência!
Não, tenha clemência!

Uma vírgula muda tudo.
ABI: 100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua informação.


Detalhes Adicionais:

SE O HOMEM SOUBESSE O VALOR QUE TEM A MULHER ANDARIA DE QUATRO À SUA PROCURA.

* Se você for mulher, certamente colocou a vírgula depois de MULHER...
* Se você for homem, colocou a vírgula depois de TEM...