Eu queria ir pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Mas para o lugar que fui, muito mais me emocionei
Nos meus sonhos tenho a mulher que quero
Não preciso escolher a cama
Na quimera e devaneio
Posso ficar onde quiser, com a chama da lembrança
De uma criança qualquer
Hoje eu sou feliz, lá fui muito mais
A existência hoje é a rotina, lá foi emoção
Dos colegas que eu tive, da moças ainda belas
Que um dia eu sonhei, agora reencontrei
Efêmera não é amizade
Tudo foi a mas pura felicidade
Os cabelos brancos são complemento
Mas também não preciso mais
Não andarei de bicicleta, nem montarei em burro brabo
Lembrarei do pau de sebo, mas eu quero mesmo
É me lembrar daquele tempo
O combustível da alma e na energia positiva
Não preciso da mãe d’água, nem do telefone automático
A cerveja bem gelada com os sonhos das nossas moças peladas
Completam o paraíso, com os desejos de cada um
As palavras vão saindo, o riso é complemento
A alma de nós todos recebe o mais puro alimento
A amizade verdadeira, não tem nada igual
Sem interesse nenhum, a alegria é total.
Quando estiver triste, Triste de não ter jeito
Quando um dia me der, Vontade de chorar
Vou voltar no tempo
E daquela época lembrar
Vou pensar na volta ao tempo, Que nunca deixou de existir
Agora está mais forte, com um arrepio e saudade
A emoção não tem preço,Não preciso ser amigo do rei
não preciso ter a mulher que quero e nem a cama que escolherei
quero ter a lembrança , do dia que se passou
uma volta ao passado, da emoção e da energia
que marcará minha vida
assim como marcou, e só vi muito depois
mas ainda bem que tudo existiu,
não são só os sonhos, a realidade fundiu
o passado no presente
a Passárgada somos nós
assim como quis Manoel Bandeira
agora é ir em frente, aproveitando a energia
esperando mais um vez, para rir a vontade
Guardando no coração, toda esta saudade!
2 comments:
Adorei a ideia de abrir mão do poder pelo afeto ... E da mulher que quer já existir no pensamento e coração ... Bonito mesmo ... Parabéns
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